Compreendendo sua demonstração de fluxo de caixa

Compreendendo sua demonstração de fluxo de caixa

Para muitos empresários, interpretar a demonstração do fluxo de caixa da empresa é um processo confuso.

O que a maioria desses empreendedores não percebe é que não precisa ser. 14Qual é exatamente a sua demonstração do fluxo de caixa e como ela difere dos outros relatórios financeiros da sua empresa?

Diferentemente do balanço da sua empresa, que representa um instantâneo das finanças da sua empresa em um determinado momento, o extrato divulga receitas e despesas por um período designado.

A declaração é dividida em três seções distintas: fluxo de operações, fluxo de investimento e fluxo de financiamento.

Ao entender essas diferentes áreas e como elas afetam seus negócios, você descobrirá rapidamente que analisar sua declaração não é uma tarefa muito difícil, afinal.

Fluxo de Caixa das Operações

A primeira seção do seu extrato documenta o fluxo das operações. Esta é a carne e as batatas da sua empresa, e esta seção da declaração é geralmente a mais complexa.

Os itens desta categoria são os resultados do seu foco principal de negócios. Aqui você verá os custos e receitas associados aos bens ou serviços que sua empresa vende ou fornece.

Existem dois tipos de maneiras de listar o fluxo de caixa das operações: o método direto e o método indireto.

Enquanto o método direto lista tipos de transação específicos e como eles afetaram seu fluxo (como pagamentos em dinheiro feitos a um fornecedor), o método indireto mais comum utiliza itens de linha do seu balanço para determinar as mudanças positivas ou negativas vistas no período representado na sua declaração.

Fluxo de Caixa dos Investimentos

No fluxo de caixa do investimento, você encontrará os custos e ganhos associados às transações que não se enquadram no intervalo das funções comerciais padrão da sua empresa.

Com maior frequência, os itens encontrados no fluxo de investimento incluem a compra e venda de bens e equipamentos.

Se sua empresa adquirir espaço para escritório, por exemplo, você encontrará um saldo negativo em fluxo de investimento pelo valor pago para adquirir o edifício.

Fluxo de Caixa dos Financiamentos

A terceira seção do seu extrato, o fluxo de caixa do financiamento, lista as transações de dívida, como os fundos recebidos pela contratação de um empréstimo, bem como eventos patrimoniais, como fundos sendo pagos aos proprietários das empresas.

Uma coisa importante a ser observada é que o pagamento de juros sobre dívida de longo prazo não é categorizado como fluxo de financiamento, mas como parte do fluxo de operações.

Com muita freqüência, os empreendedores enfrentam problemas com seus negócios porque simplesmente não entendem suas demonstrações financeiras.

Embora os outros documentos comuns possam ser um pouco mais diretos e fáceis de compreender, a declaração pode representar um desafio para alguns empresários.

Na realidade, entender a afirmação da sua empresa é fácil quando você pega o jeito e pode significar a diferença entre ver crescimento constante e de longo prazo e ameaças financeiras imprevistas.


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O que é fluxo de caixa, para que serve e em que ele pode ajudar a sua empresa

Em Finanças, o fluxo de caixa, refere-se ao fluxo do dinheiro no caixa da empresa, ou seja, ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas vezes ligado a um projeto específico.

Fluxo de caixa é uma ferramenta que controla a movimentação financeira (as entradas e saídas de recursos financeiros), em um período determinado, de uma empresa.

Avaliar o saldo disponível para que haja sempre capital de giro na empresa, para aplicação, para provisionamentos e reserva de caixa, investimentos ou gastos.

O fluxo de caixa refere-se ao movimento de dinheiro no período passado, enquanto o orçamento é o seu equivalente para períodos futuros.

Mas o que é o fluxo de caixa? Para que serve? Acompanhe nosso post de hoje e esclareça algumas dúvidas que acabam impossibilitando o negócio de crescer de forma sustentável. Vamos lá!

Uma das formas de medir se a empresa está crescendo, ou não, é avaliando seu fluxo de caixa. Se os recursos disponíveis não estão sendo suficientes para cobrir as despesas para a execução das atividades operacionais é hora de repensar a forma como o dinheiro está entrando em caixa e para onde está sendo destinado.

Muitas empresas lidam com um grande fluxo de operações financeiras diárias, que envolve vendas, pagamentos, recebimentos, compras e tantas outras movimentações que tornam possível o funcionamento do negócio. Controlar tudo isto pode ser bem mais fácil do que se imagina, quando algumas práticas passam a fazer parte da rotina do gestor, principalmente em relação ao controle e planejamento do que entra e sai de dinheiro.

Fluxo de Caixa é um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado.

Uma empresa em seu dia a dia, precisa de organização, não só na forma de trabalho, como também para manter seus rendimentos, investimentos e finanças em dia.

Assim, o fluxo de caixa basicamente analisa o saldo disponível daquele empreendimento, para que se faça um balanço correto de quanto capital a empresa tem, onde foram gastos os recursos e para qual finalidade.

Neste sentido, o fluxo de caixa nada mais é do que uma ferramenta fundamental de controle. Sem ele, nenhuma empresa sobrevive por muito tempo!

De fácil elaboração para as empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para controle e, principalmente, como instrumento na tomada de decisões.

O Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o empresário deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa.

Com as informações do Fluxo de Caixa, o empresário pode elaborar a Estrutura Gerencial de Resultados, a Análise de Sensibilidade, calcular a Rentabilidade, a Lucratividade, o Ponto de Equilíbrio e o Prazo de retorno do investimento.

O objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir de análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa.

O fluxo de caixa mal feito traz vários problemas para uma empresa, e um dos entraves é o vencimento das obrigações a pagar em um momento em que o caixa da empresa está desfalcado. Quando isso ocorre, a empresa se vê, na maioria das vezes, obrigada a contrair empréstimos para não ficar em débito com os fornecedores e prejudicar transações futuras.

Projeção de fluxo de caixa

Projeção de fluxo de caixa é a estimativa do fluxo de entrada e saída de dinheiro ou outros formas de recebimento e pagamento como cheque, cartão no caixa de uma empresa, baseado em dados passados e projeções de cenários futuros. Ou seja, a projeção de caixa é uma apresentação de previsões de ingressos e desembolsos de caixa da empresa, que serve para estimar em curto prazo as necessidades de caixa.

Fluxo de Caixa Livre

Fluxo de Caixa Livre (FCL) ou Fluxo de Caixa da Empresa (FCE), em inglês Free Cash Flow, trata diretamente dos direitos dos proprietários do Patrimônio Líquido, dos preferencialistas e dos financiadores. O cálculo do FCL ou FCE é realizado a partir do Lucro Operacional, incluindo Impostos, antes de qualquer remuneração aos donos de capital mencionados. O FCL de uma empresa alavancada será maior que o Fluxo de caixa do acionista (FCA) dessa empresa, conquanto, tais fluxos serão iguais, para uma empresa livre de dívidas (não-alavancada).

O cálculo do FCL ou FCE pode ser obtido de duas maneiras:

Modelo 1: A partir do FCA, soma-se o custo da dívida após pagamento de Impostos (Juros), os pagamentos da Dívida Nominal e os direitos dos Sócios Preferencialistas (dividendos portadores de ações preferenciais), além disso, diminuindo as Novas Emissões de Dívida.

Modelo 2: A estimativa dos Fluxos de Caixa da Empresa pode ser obtida a partir do Lucro antes do pagamento de juros e de impostos, EBIT sensibilizado pelo benefício da dívida, somando a depreciação, diminuindo os Desembolsos de Capital e a Necessidade de Capital de GIRO (NCG).

Fluxo de caixa projetado

Até aqui, destacamos a importância de registrar receitas e despesas para melhor compreensão da realidade financeira de uma empresa. Mas a forma como as informações originadas nesse levantamento são aproveitadas é um passo igualmente fundamental, sendo esse o produto do chamado fluxo de caixa projetado.

Como o nome indica, trata-se de uma projeção. Isso quer dizer que a partir dos lançamentos realizados, o gestor pode não apenas conhecer suas entradas e saídas, mas planejar as ações futuras do negócio com base nos resultados.

Fluxo de caixa descontado

O Fluxo de Caixa descontado é um método de avaliação usado para estimar a atratividade de uma oportunidade de investimento. Essa análise usa projeções de fluxo de caixa livre futuros e as desconta (na maioria das vezes utilizando o custo médio ponderado de capital), para chegar a um valor atual, que é usado para avaliar o potencial de investimento.

Nas operações do dia a dia de uma empresa, a organização financeira é fundamental. Para isso o empresário conta com instrumento básico de planejamento financeiro, denominado fluxo de caixa. O objetivo dessa ferramenta é apurar e projetar o saldo disponível para que haja sempre capital de giro na empresa, para aplicação ou eventuais gastos.

Devem ser registrados todos os recebimentos (vendas à vista e a prazo e recebimento de duplicatas, entre outros) e todos os pagamentos (compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos) previstos para, se possível, até o último pagamento e recebimento conhecido, ou o máximo de horizonte adequado às necessidades da empresa.

Além disso, ao elaborar um fluxo de caixa, o empresário terá uma visão de presente e futuro. É uma excelente ferramenta para avaliar a disponibilidade de caixa e liquidez da empresa. Com essa tranquilidade, ele pode antecipar algumas decisões importantes como a redução de despesas sem o comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, a organização de promoções para desencalhe de estoque, o planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para uma dilatação de prazo com fornecedor e outras medidas para que possíveis dificuldades financeiras possam ser evitadas ou minimizadas.

Entre outras palavras, por meio do fluxo de caixa, o empresário pode aplicar tais benefícios ao crescimento da empresa e também suprir possíveis imprevistos ou gastos necessários.

No fluxo de caixa, todas as movimentações ficam registradas, bem como a razão pela qual elas ocorreram. Desde os recebimentos de clientes, juros de investimentos ou qualquer entrada de capital, bem como pagamentos, compras e despesas que a empresa tenha tido.

Desta maneira, independentemente do tamanho da empresa, o empresário ou mesmo um diretor financeiro, tem um cenário completo da saúde financeira da empresa. Com o correto controle do fluxo de caixa, é possível verificar uma série de variáveis, que no contexto geral do negócio, fazem toda a diferença.

Dentro do contexto em que usamos o fluxo de caixa, temos a “divisão” das formas de utilização dos recursos, bem como o acompanhamento de sua aplicação. Esta é uma ferramenta que está na base da gestão de qualquer empresa. Não importa se a empresa é pequena, individual ou uma multinacional.

Com o fluxo de caixa, a gestão financeira se torna mais profissional e será possível verificar quaisquer erros ou gargalos. Se tratando de aspectos financeiros, os erros e gargalos muitas vezes podem custar meses de trabalho ou até a vida de uma empresa, o fluxo de caixa é a base para termos uma organização de sucesso.

Além disso, é por meio desse fluxo de caixa que muitos investidores sentem a necessidade ou não de investir em determinada empresa.

Muitas pessoas só colocam o seu dinheiro em ações quando se tem acesso aos ganhos e perdas que tal empreendimento teve durante um determinado período. Não importa se você está vendendo parte da empresa ou abriu o capital dela na bolsa de valores, o fluxo de caixa é um elemento fundamental para atestar a saúde financeira dela!

Mas o fluxo de caixa é feito apenas das entradas e saídas de um negócio?

Basicamente, não. O fluxo de caixa tem como base o controle de entradas e saídas de recursos, além de sua categorização. Mas existem muitas possibilidades dentro de seu contexto! É comum ouvirmos nos noticiários que nos próximos meses uma empresa X terá uma perda de Y. Como isso é possível?

Graças ao fluxo de caixa adiantado, é possível criar expectativas positivas ou negativas sobre o setor financeiro do empreendimento. Por isso, se faz tão necessário o acesso facilitado aos dados financeiros, o que será decisivo no crescimento ou queda da empresa.

Com o preenchimento correto do fluxo de caixa, é possível calcular antecipadamente o que se pode esperar da empresa para os próximos dias, meses ou anos.

Como fazer

1. O resultado do fluxo de caixa é o saldo disponível (em dinheiro disponível no caixa, ou depositado em conta corrente nos bancos, etc.) apurado pela diferença entre o total do valor dos recebimentos e pagamentos efetivamente realizados em uma determinada data ou período.). A estrutura para fluxo de caixa depende da natureza da empresa e também das necessidades dos gestores.

2. Inicie lançando no “contas a pagar” e “contas a receber” os compromissos já assumidos e valores a receber, já conhecidos ou facilmente estimados.

3. Estime sempre despesas ainda não lançadas no “contas a pagar”, tais como impostos, contas de água, luz, folha de pagamento etc. Tente também conhecer a sazonalidade dessas contas, suas datas de vencimento e reajustes para melhor estimar.

4. Nas vendas à vista, utilize como base a média diária das vendas realizadas normalmente. Considere também os meses de movimento mais forte ou mais fraco para a média. Seja conservador nestas estimativas que serão muito facilitadas se for mantido um controle diário de receitas e despesas. Lembre-se: as despesas são quase sempre certas e as receitas quase nunca.

Recebimentos. Vendas à vista, vendas a prazo, em cheques (inclusive pré-datados) duplicatas, cartões, rendimentos de aplicações, e outros recebimentos.
Pagamentos.

Fornecedores, despesas bancárias e financeiras, salários e encargos de funcionários, comunicação – telefonia, internet, correios etc. -, manutenções – equipamentos, veículos, prédios etc. -, retirada pró-labore – salários dos sócios que trabalham na empresa -, serviços de terceiros – contador, advocacia etc. -, impostos e contribuições, materiais – escritório, copa, limpeza etc. -, investimentos realizados, amortização de empréstimos e dividas.

O saldo final do fechamento de caixa deve corresponder ao valor dos recursos disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas corrente (banco).

O que é fluxo de caixa e como ele pode ajudar sua empresa

De forma sintética podemos compor o fluxo de caixa da seguinte forma:

Faça o registro diário de entradas e saídas;
Projete os pagamentos e recebimentos futuros;
Analise o saldo diariamente e em períodos futuros;
Em situação deficitária, tome decisão sobre necessidade de capital de giro;
Em situação superavitária, tome decisão sobre investimento e aplicação do recurso.
No início do preenchimento de controles de fluxo de caixa, surgirão dificuldades para elaborar o controle. Mas em pouco tempo poderão ser sentidas a enorme ajuda e importância de tomar as decisões com base em previsões de entrada e saída de recursos.

É claro que o fluxo de caixa pode ser elaborado manualmente (o que dá um pouco mais de trabalho), em uma agenda ou um caderno. Porém, será muito mais fácil, organizado e ágil se for automatizado, por meio de uma planilha eletrônica ou de um programa de gestão.

O saldo de caixa não indica, necessariamente, que a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais. A existência do saldo final deve ser confirmada preferencialmente a cada dia.

Saldos diários elevados, tanto negativos quanto positivos, sugerem a necessidade de melhor organização financeira, pois implicam financiamentos a custos elevados (saldo negativo) ou custo de oportunidade da aplicação (saldo positivo) e que poderiam render juros em aplicações ou melhores condições de pagamento junto a fornecedores.

Para ter uma empresa saudável é preciso controlar o fluxo de caixa.

Veja o caso de uma pessoa que tem uma pequena loja em um ponto comercial de uma grande cidade.

Ela precisa manter o fluxo de caixa para saber quais os produtos mais lucrativos, se o preço que ela paga por tais produtos está adequado para a margem de lucro proposta, se o valor de venda aplicado está lhe trazendo lucro e se a renda adquirida com as vendas está deixando o seu saldo positivo.

Basicamente, o fluxo de caixa deixa as ações financeiras da empresa muito mais fáceis e seguras.

Se isso ajuda uma pequena loja, que muitas vezes é gerenciada por uma ou duas pessoas apenas, imagine a diferença que fará para empresas maiores.

O Fluxo de Caixa é um importante instrumento de controle de todo o dinheiro que entra e sai do caixa. Via de regra, o caixa de toda empresa tem uma mesma linha de funcionamento: é dinheiro que entra e é dinheiro que sai.

Toda esta movimentação ocorre em prazos diferentes, o que deixa muitos empreendedores perdidos na hora de manter um bom controle financeiro.

O fluxo de caixa é indispensável na rotina de toda empresa, sem um controle do que entra e sai de recursos financeiros fica impossível estabelecer qualquer estratégia de crescimento ou mesmo se manter num mercado cada vez mais competitivo.

A análise do fluxo de caixa permite traçar estratégias para o crescimento da empresa ou reverter as situações negativas.

Saldos negativos devem ser analisados. A primeira providência é descobrir as causas: atraso nos recebimentos, alta taxa de inadimplência, queda repentina nas vendas, atraso nos recebimentos dos clientes etc.

Este problema também ocorre se as diferenças entre os prazos de recebimentos e pagamentos forem altas e a empresa não se planejar, com a organização do capital de giro.

Além deles, o empreendedor e demais gestores devem saber monitorar e entender os fluxos dessa ferramenta. Desse modo, conseguirão obter maior proveito das análises feitas.

Se a empresa vender muito mais em um mês do que em outro, sem se organizar, poderão ocorrer falhas no fluxo – já que os pagamentos podem ocorrer antes dos recebimentos relativos às vendas. Por isso, é necessário ter uma reserva de capital de giro.

Se um dono de negócio olhar apenas para o dinheiro que entra das vendas ou contratos, pode ser levado a uma visão errada sobre a situação da empresa. Um pico nas vendas ou a data de vencimento dos contratos cria uma impressão de que tem dinheiro sobrando, mas sem olhar os gastos que vêm pela frente, essa informação sobre a realidade financeira da empresa fica escondida.

É preciso entender o que é fluxo de caixa e como ele pode ajudar no controle e na organização de seus negócios. Saiba mais neste artigo.

Por outro lado, as faltas no caixa devem ser avaliadas para saber se não estão a ocorrer em razão das vendas estarem abaixo do ponto de equilíbrio.

Uma função importante do fluxo de caixa é permitir o controle das atividades do ciclo operacional da empresa.

Ciclo operacional são todas as atividades de compra e venda de mercadorias e serviços da empresa em curto prazo e os seus respectivos pagamentos e recebimentos.

Este é um infográfico de um ciclo operacional para uma empresa fabricante de produtos. Perceba que no ponto A, a empresa compra insumos para a produção, com pagamento a prazo para o fornecedor, o que ocorre no ponto B. O produto ainda está em produção.

Após o término de produção ainda há um período de tempo para a venda, o que ocorre no ponto C.

Como a empresa vendeu a prazo, o recebimento pela venda ocorrerá em data futura, no ponto D, requerendo assim, medidas de gestão tais como recorrer à empréstimos, vender ativos, liquidar estoques, antecipação de recebimentos de títulos a vencer, prorrogação de prazo de pagamentos, etc.

O controle e a gestão do fluxo de caixa é, portanto, muito importante para o empresário ter subsídios para uma tomada de decisão financeira na gestão do negócio.

Empréstimos bancários, dos sócios e descontos de duplicatas também são alternativas viáveis, porém, não devem ser o primeiro recurso. Mesmo se forem utilizados, devem ser previamente analisados.

Os pagamentos devem ser anotados e as amortizações dos financiamentos devem ser previstas no fluxo de caixa. Além disso, é fundamental ficar atento à cobrança de juros, para não acarretar problemas sérios de endividamento, ao invés da reversão dos saldos negativos.

Fluxo de caixa é um tipo de controle da movimentação financeira em um determinado período de tempo, considerando entradas e saídas de dinheiro a partir de registros detalhados. Em uma visão diária, semanal ou mensal, ele já oferece instrumentos de verificação e análise para seus negócios.

Para tornar o processo mais eficiente, todas as receitas e despesas, por menores que sejam, precisam ser registradas. É comum, em pequenas empresas, que essa organização comece por planilhas, mas o mais recomendável é avançar rumo a ferramentas mais completas, como um sistema de gestão online.

A partir desse levantamento, que é uma ação básica e indispensável de gestão financeira, é possível contar com uma verdadeira base de dados. Com ela, o dono do negócio tem os subsídios necessários para a tomadas de decisões.

Isso porque, ao realizar o fluxo de caixa, ele adquire uma visão mais precisa sobre o momento financeiro da empresa. Isso significa saber, por exemplo, que aquela semana que parecia ótima para o faturamento, na realidade gerou receitas próximas das despesas.

Vamos a um exemplo para você entender melhor como é fundamental contar com esse instrumento:

A boa notícia: Em uma estratégia para atrair clientes, você decidiu realizar uma semana de descontos especiais. Como retorno, ao fim do período, vendeu 25% a mais do que o previsto, atingindo um faturamento de R$ 72 mil.

A má notícia: Ao registrar as receitas e as despesas do período, identificou que a promoção fez seus gastos crescerem e, somando todos os valores envolvidos, encontrou um custo total de R$ 70 mil.

Qual a diferença entre fluxo de caixa e controle de caixa?

O fluxo de caixa analisa como está o financeiro da empresa como um todo. Ele leva em consideração investimentos, gastos e ganhos futuros e projeções.

Além disso, com o fluxo de caixa você tem uma média de quanto irá ganhar ou perder, e assim tomar providências para a melhoria da empresa.

Ele é um elemento não só de controle, mas fundamental para o planejamento estratégico de qualquer organização!

Já o controle de caixa é o registro diário ou semanal, de toda a movimentação financeira da empresa. Com o controle de caixa, o gestor pode saber como estão as movimentações financeiras naquele período.

Com o controle de caixa, o empresário ou diretor financeiro, consegue avaliar os ganhos e as perdas de determinado período.

Um exemplo disso são empresas que trabalham com produtos sazonais, ou seja, aqueles só são faturados mais em uma determinada época do ano do que em outra.

Um bom fluxo de caixa é essencial, pois permite estruturar entradas e saídas de recursos, além de entregar dados estratégicos para o gestor da área conseguir tomar decisões melhores.

Como o fluxo de caixa pode ajudar minha empresa?

Esse instrumento colabora no melhor aproveitamento dos investimentos feitos pela organização. Isso porque ele entrega um “mapa” sobre movimentações financeiras na empresa, apontando fontes e fins para onde o dinheiro vai.

Isso possibilita a identificação de desperdícios e gargalos financeiros. Também favorece a divisão de recursos entre departamentos. Consequentemente, evita que alguns recebam mais dinheiro do que necessitam, enquanto outros tenham orçamentos deficitários.

O fluxo de caixa possibilita que o empreendedor analise a entrada e saída de valores em um intervalo de tempo específico. Sendo assim, dá para se avaliar a performance do empreendimento com base nas expectativas e projeções, visando checar se ela teve bons resultados. Isso permite comparar fluxos financeiros de épocas distintas, ajudando a compreender em quais períodos há maior faturamento e gastos.

Com o controle de caixa, o gestor consegue manter o seu controle financeiro em ordem, porque consegue vislumbrar com mais frequência, as variações de seu mercado.

Conclusão: O fluxo de caixa jogou um balde de água fria na sua comemoração. O que parecia um lucro importante escondia falhas na estratégia, que, por pouco, não deixaram o saldo negativo.

Como dissemos até aqui, o fluxo de caixa cumpre um importante papel na saúde financeira do negócio. Mas precisamos destacar também que ele só terá sua função plenamente executada se você tomar alguns cuidados.

Estipule quais profissionais gerenciarão o fluxo de caixa
Na impossibilidade de você alimentar o fluxo de caixa, lembre-se de estipular quem dentre a sua equipe será responsável por lançar e manter os registros em dia.

Isso é necessário para evitar que colaboradores coloquem dados duplicados no fluxo, quando mais de um for responsável por ele. Também previne que eles se esqueçam de atualizar as informações periodicamente.

E um deles é o controle rigoroso sobre entradas e saídas. Não ignore o que os relatórios indicam. Confie nos números e use essas informações com inteligência.

Sabemos da importância de uma boa gestão financeira e, por isso, buscamos explicar o conceito de fluxo de caixa da forma mais simples possível para ajudar você no dia a dia do negócio. Nosso objetivo é facilitar a administração e mostrar que cuidar dos números é menos complicado do que se imagina.